Twitch TV partypokerTV está ao vivo agora - Assista ao vivo na Twitch

Foto: Tomas Stacha/Divulgação

O Hall da Fama do poker mundial é o melhor caminho para eternizar os grandes nomes da história mundial, seja para os que ainda estão na ativa no circuito profissional do esporte da mente, seja para aqueles que infelizmente já nos deixaram.

É o caso do mais novo membro da seleta lista dos poker mundial, o norte-americano Layne Flack, que traçou uma linda trajetória no jogo nas décadas de 90 e 2000. Dono de 6 braceletes da World Series of Poker, ele faleceu em julho do ano passado, aos 52 anos, vítima de uma intoxicação por uso de substâncias químicas.

Como homenagem, o Hall da Fama do poker incluiu Layne Flack no grupo de maneira póstuma, se tornando o 61º nome da lista, o único da classe de 2022. O último jogador induzido ao hall havia sido o israelense Eli Elezra.

“Flack era um amigo incrível, mais como um irmão. Através do bem, do mal e de todas as suas travessuras – Layne sempre te protegia! Ele era próximo dos meus filhos, vinha e passava semanas em nossa casa. Sempre entretendo-os, levando-os a lugares e certificando-se de que era tudo sobre eles. Quando minha filha morreu em janeiro passado, uma coisa que me trouxe conforto foi saber que Layne estaria lá para recebê-la, e eles poderiam rir juntos, na eternidade.”, disse o também jogador Derick “Tex” Barch, vencedor da WSOP e amigo pessoal de Layne Flack, durante a cerimônia que homenageou o grinder.

Trajetória

Layne Flack nasceu na cidade de Rapid City, em South Dakota (Estados Unidos) em 18 de maio de 1969. Ele começou a jogar poker com seus avós e seguiu firme na modalidade por trabalhar em cassinos por anos. Neste período, conheceu ninguém menos que Johnny Chan, um dos grandes vencedores da WSOP em todos os tempos, sendo um dos grandes mentores de Flack.

Após conquistar títulos em torneios menores como Spring Poker Classic e Carnivale of Poker, Flack começou a obter bons resultados na World Series of Poker no final da década de 90. O primeiro grande feito foi o vice-campeonato em um evento de Texas Holdem disputado em 1998, perdendo para Jeff Ross, mas deixando para trás nomes como Scotty Nguyen e Barry Shulman.

Em maio de 1999, veio o primeiro de muitos braceletes na carreira de Flack. Em um evento de Hold’em Pot Limit, o norte-americano superou Matt Lefkowitz no heads-up para ficar com o título no principal circuito do planeta, além de um prêmio de pouco mais de US$ 224 mil.

Naquela mesma temporada, Flack viria a conquistar três títulos no Legends of Poker, torneio disputado na costa oeste americana, em Los Angeles. Àquela altura, ele já chamava a atenção do cenário profissional do poker.

Nos anos 2000, Flack se consolidou como um dos grandes nomes do poker mundial. Foram mais cinco braceletes conquistados entre 2002 e 2008, sendo a última conquista no Pot Limit Omaha para um prêmio de US$ 577 mil. Ao todo, o jogador somou 58 mesas finais no WSOP.

Além da World Series of Poker, Layne Flack também foi campeão do World Poker Tour. A conquista veio em 2003, no WPT Pro-Celebrity Invitational – torneio para o qual foi convidado.

Em quase três décadas de atuação consistente no poker profissional, Layne Flack acumulou mais de 20 títulos no circuito e uma premiação total de pouco mais de US$ 5 milhões na carreira. Sua última grande performance foi em 2020, na versão online da WSOP, terminando ITM em 9 eventos.

De forma precoce, a carreira chegou ao fim no ano passado, quando Flack foi encontrado morto em sua casa, aos 52 anos. A notícia chocou o mundo do poker. “Eu perdi um amigo e o mundo do poker também. Descanse em paz, Layne Flack”, disse Phil Hellmuth. “Vou guardar todas as memórias malucas. Conhecendo Layne, imagino que ele gostaria que todos nós celebrássemos sua vida e compartilhemos risadas sobre os bons velhos tempos”, afirmou Daniel Negreanu.

Outras homenagens póstumas do Hall da Fama

Esta não é a primeira vez que o Hall da Fama faz uma homenagem póstuma a um jogador de poker. Isso já ocorreu em algumas ocasiões, a última delas em 2017, com o britânico David Ulliott, campeão da WSOP que havia falecido dois anos antes em decorrência de um câncer.

O caso mais notório é o de Stu Ungar, um dos grandes nomes da história do poker, que foi incluído no Hall da Fama em 2001, três anos após sua precoce morte. O mesmo ocorreu com o lendário Jack Straus em 1988.

Compartilhe.

Comentários estão fechados.