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Foi-se o tempo em que equipes eram coisa somente de esportes como futebol, basquete, vôlei e outros. Com o avanço cada vez mais crescente das modalidades digitais, o senso coletivo chegou também ao mundo virtual, com diversas equipes espalhadas pelo mundo em distintos jogos. Com o poker não é diferente: hoje, as principais marcas do mercado apostam em seus próprios times de grinders.

É o caso do partypoker team, que reúne alguns importantes nomes do cenário nacional e internacional, seja como embaixadores, casos de João Simão, Jason Koon, Patrick Leonard, Kristen Bicknell e outros, seja como jogadores patrocinados, como Dayane Kotoviezy e Benjamin Pollak. Além, é claro, da equipe Twitch, capitaneada por Jaime Staples, mas que também reúne outros astros do streaming de poker, como Jeff Gross e Courteney Gee.

Existem outros exemplos de poker coletivo. É o caso do Campeonato Brasileiro de Poker por Equipes, organizado pela Confederação Brasileira de Texas Hold’em, que reúne seleções estaduais do esporte da mente. Um outro caso é o Match Poker, modalidade reconhecida pelo comitê internacional e que já mira a disputa das Olimpíadas.

Mas, afinal, quais são as vantagens de fazer parte de uma equipe de poker, seja ela de uma marca específica, uma seleção nacional/estadual ou simplesmente de um grupo de amigos? Além dos pontos positivos, há alguns desafios que fazem parte da vida daqueles que jogam o esporte da mente em algum time.

Convívio com outros competidores

Como em tudo na vida, o networking faz muita diferença – sobretudo quando isso acontece de maneira qualificada, ou seja, quando se conecta com alguém que realmente está na elite. Fazer parte de um time de poker proporciona isso a um jogador. Afinal, ninguém chegou neste nível “de graça”. Essa troca de conhecimento mútuo é uma oportunidade rara, já que a grande maioria dos players acaba se isolando no próprio computador e passando horas em frente a uma tela.

“O maior benefício, sem dúvidas, é ter uma comunidade engajada em estar sempre em evolução no jogo”, explica a curitibana Day Kotoviezy, que vem acumulando resultados expressivos no poker desde sua chegada à equipe partypoker. Para ela, é preciso extrair e explorar tudo que um time pode te oferecer, além de exigir entrega máxima de seus companheiros. “Fazer um bom networking é importante para a carreira e para a vida”, completa.

Melhores condições para evoluir

A companhia de outros profissionais é de vital importância, mas o mesmo vale para outros fatores além do valor humano. Como em qualquer esporte de alto rendimento, o crescimento no poker está diretamente ligado às condições e infraestrutura às quais os jogadores estão submetidos.

Para Day, este é outro ponto positivo sobre ser parte de uma equipe, uma vez que o acesso a ferramentas de ponta para turbinar o nível de jogo é mais facilitado. “Temos materiais novos, softwares mais eficientes, análises do field e diversas pessoas capacitadas para ajudar no que for preciso”, diz a pro-player.

Conhecimento de mercado

Você certamente já ouviu por aí que ter uma carreira de poker, em partes, é como administrar a própria empresa, conhecendo os riscos inerentes e investindo da forma mais assertiva possível (tanto em termos financeiros quanto de aprimoramento com estudos) para ter uma carreira de sucesso no médio e longo prazo – e não ser apenas mais um peixe pequeno em um mar cheio de tubarões.

Para João Simão, referência no esporte da mente no Brasil e na América Latina, um dos grandes benefícios de fazer parte de uma equipe é justamente estar “por dentro” do andamento do mercado de poker como um todo – afinal, todo jogador precisa se colocar dentro de um contexto maior, que é a indústria do poker profissional, e os movimentos das grandes marcas acabam ditando o ritmo do mercado.

“Ter a oportunidade de conviver e participar com o ‘outro lado da mesa’ me dá o mais importante pra minha carreira, que é a segurança na longevidade do negócio. Saber a direção que as empresas estão tomando passa uma segurança de poder sempre me antecipar nas tomadas de decisão”, são as palavras de quem encarou o poker como uma forma de ganhar a vida e tem uma carreira consistente há mais de uma década, sendo um dos brasileiros mais premiados no poker em todos os tempos.

Os desafios com agenda e rotina

Nem tudo são flores na vida de um jogador de equipe no poker. Afinal, uma vez que você faz parte de um time, precisa seguir algumas diretrizes, continuar se aprimorando e, claro, estabelecer uma certa rotina de partidas e torneios.
Para Day Kotoviezy, este é, talvez, o grande desafio no que diz respeito a fazer parte de uma equipe. “[a maior dificuldade]é manter uma rotina de estudo e jogo mesmo em momentos ruins como downswings e baixa confiança”, explica a curitibana.

João Simão enxerga da mesma forma, mas vê a rotina de um pro-player como algo prazeroso. “Existem desafios em ser um team pro, mas a grande maioria das obrigações são prazerosas, se relacionam com jogar ou apoiar o jogo que mudou minha vida, então acredito que o maior desafio é em relação ao calendário. Às vezes precisamos deixar de jogar algo para gravar, produzir, então esse pra mim é o maior desafio”.

O mineiro de Belo Horizonte também deixa uma dica valiosa para quem pretende, um dia, fazer parte de uma equipe de poker e levar a carreira no esporte da mente a um outro nível. “Se você pretende um dia se tornar um pro, o principal conselho é encarar o poker de forma profissional, com amor e respeito à sua comunidade e ao poker. Respeito deveria partir de qualquer forma, mas seus adversários são inclusive seus clientes, então trate-os como tal”, conclui.

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